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Dom Lauro exorta os fiéis ao cultivo de atitudes práticas nascidas da fé no Ressuscitado 70a4r Notícias - Franciscanos Notícias - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM

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27/04/2025

Notícias

Vila Velha (ES) – Na manhã ensolarada deste domingo, 27 de abril, último dia do Oitavário em preparação à Festa da Penha, o Convento acolheu a Romaria da Diocese de Colatina. Conduzida pelo Bispo Diocesano, Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, a peregrinação reuniu os presbíteros, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas e os paroquianos das Paróquia que compõe aquela Igreja Particular. Também participou da celebração Dom Valter Jorge Pinto, Bispo de União da Vitória, PR. Ao acolher a Romaria em nome da Fraternidade do Convento, Frei Gustavo Wayand Medella, Vigário Provincial, manifestou a alegria em receber todo o povo da Diocese no Campinho, destacando a ligação próxima que existe entre Colatina e Família Franciscana. “Aqui na Casa de Nossa Senhora vocês podem entrar pela cozinha. Não precisa de cerimônia, porque são de casa. A família franciscana é bastante presente na cidade, com o Mosteiro Santíssima Trindade, das Irmãs Clarissas, a Fraternidade Frei Galvão, com os frades que atuam na Paróquia Santa Clara, e a fraternidade da Ordem Franciscana Secular”, explicou. Atualmente fazem parte da Fraternidade de Colatina Frei Pedro Oliveira, Frei Alessandro Dias do Nascimento e Frei Davi Belineli.

Na homilia, Dom Lauro exortou o povo a buscar no Ressuscitado a força da fé capaz de transformar a vida. “Nós estamos marcados pela alegria pascal. Aqui viemos porque a fé nos congrega, porque a esperança nos anima. E nós queremos pedir à Virgem Maria, Senhora da Penha, que nos ajude, nós que estamos aos pés da sua imagem, a aprofundar este mistério pascal, centro, coração da nossa fé. Mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor que abriu para todos nós um horizonte de vida nova. É o domingo da misericórdia, o domingo em que nós queremos aprofundar aquilo que Deus realizou”.

Também enfatizou a fé como dom que faz brotar o testemunho: “O primeiro valor, a primeira virtude, o primeiro dom que o ressuscitado quer fazer brotar em cada um de nós é uma fé. Uma fé que nos faça testemunhas da esperança cristã”, explicou.

Com base no Evangelho (Jo 20,19-31), comentou sobre a paz que vem do ressuscitado e dissipa o medo: “As portas estão fechadas por medo. Mas o Senhor ressuscitado entra e nos comunica a sua paz. Não uma paz qualquer, não uma paz de acomodação, mas uma paz plena de todos os bens. Uma paz de quem tem a sua relação com Deus restabelecida, com os irmãos e irmãs, com toda a criação de Deus e consigo mesmo. Uma paz de quem descobriu o rumo da vida. ‘A paz esteja convosco e soprou sobre eles o sopro de Deus, o Espírito, o ar’”, salientou para, em seguida, abordar o tema do Espírito Santo: “Soprou sobre eles e disse, recebei o Espírito Santo. Então o Senhor constitui a comunidade dos seus discípulos-missionários, a comunidade messiânica, a comunidade enviada ao mundo como embaixadora da misericórdia divina. Nós somos aqueles que devemos levar ao mundo o amor misericordioso de Deus, não simplesmente com nossa palavra, mas sobretudo com nossas atitudes, com a nossa vida, essa é a mensagem”.

Sobre a Misericórdia, Dom Lauro considerou: “A misericórdia, nós a experimentamos em primeiro lugar, cada um de nós, mas experimentamos também de forma comunitária, porque estamos reunidos, é justamente aqueles que estão unidos na procura, na sede, na busca de Deus, que o Senhor se revela, no primeiro dia da semana, eles estavam com medo, é verdade, mas estavam juntos, e o Senhor então entra. O primeiro dia da semana, para nós, é o domingo”.

Ressaltando a importância de se cultivar a fé na comunidade reunida, mencionou o exemplo de Tomé que, de acordo com Evangelho, estava ausente quando o Senhor apareceu aos discípulos, mas contou com compreensão da comunidade: “Tomé não disse que eles eram mentirosos, mas expressou a sua dificuldade. Quanta gente tem dificuldade para acreditar? Quanta gente nesse mundo não acredita? Não é porque sejam maus, tem gente, vocês conhecem, tem gente boa, mas que não tem o dom da fé, é um dom que nós temos. Nós podemos ser a oportunidade para que essas pessoas cheguem a fé através do nosso testemunho. Não de pessoas que condenam, julgam, jogam pedra, classificam as pessoas. Mas de pessoas que amam, que são alegres, que são misericordiosas. Nós devemos atrair pelo amor e não por uma condenação, por ameaça. Não, não é assim. Tomé não foi calado”, explicou.

Lembrou também que, na oportunidade seguinte, quando a comunidade estava novamente reunida, com a presença de Tomé, o Senhor apareceu: “O Senhor respeitou Tomé. Oito dias depois, ou seja, no outro domingo, no outro momento celebrativo, o Senhor entra, comunica a paz e se dirige a Tomé. E como ele é já o ressuscitado, ele sabe o que Tomé disse, ele conhece a dificuldade de Tomé e ele mostra as suas chagas novamente. E ele diz, põe aqui a tua mão, não sejas incrédulo, mas fiel. E aí Tomé faz a maior profissão de fé que nós encontramos em todo o Evangelho segundo João. Ele confessa realmente o que a igreja confessa: ‘Meu Senhor e meu Deus’”.

Aproveitando o exemplo de Tomé, ressaltou a importância da participação fiel e dedicada na Missa Dominical: “Está vendo a importância da participação nossa na missa, na missa sobretudo dominical, o espaço privilegiado de audição da Palavra, da celebração da Eucaristia? Então, é ali que o Senhor se manifesta, às vezes nós podemos esperar uma manifestação extraordinária de Deus, é claro que Deus pode fazê-la, mas não é o comum, Deus se manifesta no cotidiano da nossa existência, no nosso dia a dia, é como o povo que se reúne em torno da Palavra e dos Sacramentos e aí nos fortalece e estabelece conosco uma relação, um diálogo, uma proximidade amorosa, que transforma o horizonte da nossa vida”.

Na conclusão, buscando exaltar as atitudes concretas despertadas pela fé, convocou todos os presentes a uma atitude de cuidado: “Sejamos cuidadores uns dos outros, de nós mesmos, da criação de Deus, sempre testemunhando o amor misericordioso de Deus para com todos. Senhora da Penha, que aqui nos acolhe em sua casa. Acolhei essa comunidade que vem em peregrinação. Interceda junto a Deus para que nós sejamos dóceis ao Espírito Santo, fiéis à palavra do Evangelho e possamos viver na alegria da missão e do serviço, testemunhando o amor misericordioso de Deus para com todos a esperança cristã que o ressuscitado alcançou para todos nós”.

Na parte da manhã, houve também a “Remaria”, como popularmente é conhecida a Romaria dos remadores, e a Romaria dos Monociclistas, com apoio e acompanhamento da Polícia Rodoviária Federal. Nesta tarde, a programação começa no Santuário do Divino Espírito Santo, com o envio da Romaria das Mulheres que segue até o Parque da Prainha, com o Momento Devocional do 8º dia do Oitavário, às 16h30, seguido pela Missa, às 17h.


Equipe de comunicação da Festa da Penha:
Frei Augusto Luiz Gabriel, Frei Gustavo Medella, Frei Roger Strapazzon