Vida Cristã - Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - OFM 3j2417

A cruz do Senhor e a cruz dos discípulos 2skc

13/09/2015 395r1n

Frei Almir Guimarães

Quase na metade do mês de setembro vivemos a alegria da grande Festa da Exaltação da Cruz do Senhor. A antífona de entrada da Missa, tirada de Romanos, exprime bem o sentido profundo desta comemoração: “A cruz de nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória: nele está a nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou” (Fl 6,14).

Cruz, instrumento de suplício: uma madeira mais longa na vertical e a outra, mais estreita, na horizontal. Castigo para os condenados! Antes de ser cruz, a árvore frondosa era balançada pelo vento e seu verdor encantava os olhos dos antes. As árvores dos bosques e das florestas é que oferecem a matéria-prima da cruz. Um lenhador derrubou uma ou duas árvores, um entendido em carpintaria fez o encaixe…

Com o desenrolar-se dos fatos da vida de Jesus, as autoridades de Jerusalém chegaram ao consenso de que esse Jesus não podia continuar a viver. Deveria ser sacrificado. Os acontecimentos se precipitam. Ele carrega a cruz, é nela pregado e levantado da terra. Ele é tido como alguém que pratica o mal, um malfeitor. Não convinha que continuasse a viver. Jesus experimenta toda sorte de sentimentos na precipitação dos acontecimentos. Vive dura solidão. Vê-se despojado de suas vestes.

Não tem a quem apelar. O Pai, que a tudo assiste, parece mudo e indiferente. Aquele que havia aprendido a trabalhar com madeira está deitado e preso ao madeiro.

Desde a nossa infância fomos aprendendo que não se pode separar Cristo da cruz. Ele, contorcendo-se de dor, resume no gesto de sua morte toda a sua vida: uma existência dada. Dá sentido ao fato de morrer. Morte na filial obediência e no intuito de dar vida para os outros. Literalmente, ali, na cruz, ele é o grão de trigo que vai ser jogado à terra.

Depois da cruz de Cristo muitos outros crucificados foram assumindo suas cruzes, na esteira do patíbulo da sexta-feira das trevas e da luz. Cristo continua morrendo nos inocentes condenados, nas mulheres abandonas pelos maridos, nas crianças sem pai e sem mãe que vagueiam pelos campos de refugiados de países da África, da Síria, em todos esses que são assaltados e espancados no santuário de suas casas, nos que dão a vida pelos outros.

Assim, exaltamos a Cruz do Senhor e respeitamos todos os que na esteira do Crucificado do Gólgota estão unidos a ele.

Terminamos esta reflexão com parte do Prefácio da Missa que fala de vitória da cruz: “Puseste no lenho da cruz a salvação da humanidade para que a vida ressurgisse de onde a morte viera. E o que vencera na árvore do paraíso, na árvore da cruz fosse vencido”.

WordPress Themes Free
WordPress Themes
WordPress Themes
Nulled WordPress Themes
free udemy course
redmi firmware
WordPress Themes
udemy paid course free

Conteúdo Relacionado 5n5h5n